quarta-feira, 7 de abril de 2010

Doença pulmonar intersticial

A denominação, doença intersticial pulmonar (DIP), é normalmente empregada para designar um grupo numeroso e heterogêneo de patologias, caracterizadas pelo desenvolvimento de infiltrados celulares, e/ou pela deposição de matriz extracelular, nos espaços aéreos distais aos bronquíolos terminais. Como todos esses processos acometem as mesmas regiões dos pulmões, eles adquirem características clínicas, radiológicas e funcionais muito semelhantes, o que não só justifica a sua inclusão num único grupo, como também explica as dificuldades envolvidas com os seus diagnósticos específicos.
Classicamente, as DIPs englobavam os processos inflamatórios de caráter infiltrativo, com evolução crônica ou subaguda, os quais, se não tratados, evoluiriam para insuficiência respiratória grave, tendo como substrato anatomopatológico uma lesão terminal, o “pulmão em favo de mel”. Mais modernamente, o conceito de DIP foi ampliado, também sendo incluídas nesse grupo patologias de instalação aguda, tais como toxicidade por drogas ou vasculites. Outro grupo de doenças, agora estudadas nesse capítulo da Pneumologia, são as patologias bronquiolares do adulto (bronquiolites), as quais freqüentemente acometem, por contigüidade, os espaços alveolares adjacentes. Muito embora diversos processos infecciosos ou neoplásicos pulmonares possam se apresentar, radiologicamente, com infiltrados difusos de aspecto “ïntersticial”, tais moléstias não são estudadas dentro do que se convencionou chamar de DIPs.

Fonte: http://www.fmrp.usp.br/revista/1998/vol31n2/doencas_intersticiais_pulmonares.pdf

Postado por: Emerson Maranhão

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