segunda-feira, 8 de março de 2010

Enfisema x Cigarro


Cerca de um quinto dos viciados em tabaco acaba desenvolvendo alguma grave doença respiratória. Embora o câncer de pulmão seja o problema mais freqüentemente associado ao fumo, é na verdade o enfisema que tem maior impacto sobre a saúde dos fumantes.
Embora o câncer de pulmão possa apresentar-se como o pior horizonte possível para os fumantes renitentes, outra doença respiratória - o enfisema pulmonar - tem um impacto muito maior sobre a saúde dos viciados em cigarro.

"Cerca de um quinto dos fumantes termina desenvolvendo enfisema, enquanto a proporção dos que sofrem com tumores no pulmão é bastante menor", ressalta Jorge Cáneva, chefe de pneumologia da Fundação Favaloro, em Buenos Aires, Argentina.

O enfisema se caracteriza pela destruição dos septos ou paredes que mantêm separados os alvéolos pulmonares. Este fenômeno também leva ao colapso das fibras que - como tensores de uma lona de circo - mantêm abertos os brônquios.

"O paciente inspira o ar, mas não pode exalar todo o ar que põe para dentro", comenta Cáneva. "Por isso, pode acabar necessitando de um balão de oxigênio para respirar; uma cirurgia ou eventualmente um transplante de pulmão."

A culpa é do cigarro

A relação do fumo com o enfisema é ainda mais estreita do que aquela existente com o câncer de pulmão: calcula-se que até 97% dos casos têm relação direta com o consumo de cigarros.

"Os pacientes com maior risco são aqueles que fumaram cerca de um maço por dia durante um mínimo de 10 a 15 anos", destaca Cáneva. "Mas as primeiras manifestações clínicas (dispnéia ou falta de ar causada por esforço leve) costumam surgir depois de umas três décadas de consumo de cigarros, por volta dos 55 anos".

Doença pode estar associada à bronquite crônica

As substâncias tóxicas do cigarro afetam a função de uma proteína (antielastasa) que evita a destruição das fibras dos septos pulmonares.

Muitas vezes, o enfisema está associado em menor ou maior medida com a bronquite crônica, cujos sintomas principais são tosse persistente e expectoração. Nesses casos, a doença pode complicar-se com infecções respiratórias, hipertensão pulmonar, distensão do abdômen e inchaço das pernas. Os dois quadros - enfisema e bronquite crônica - compõem o que os médicos chamam de doença pulmonar obstrutiva crônica.

Postado por:Diêgo,Anthony e Davi

Referências: ABC da Saúde e /www.drashirleydecampos.com.br

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